Este ano quero mudar alguns dos meus hábitos do dia a dia, ler mais é um deles. Assim, comecei a incorporar a leitura no meio dia a dia de forma subtil mas eficaz. Reparei que todos os dias uso cerca de 40 minutos em deslocações, durante os quais podia ler. Agora levo comigo todos os dias um livro e leio durante a viagem. O último livro que concluí foi «O Diabo Veste Prada» da autora norte americana Lauren Weisberger.
Um livro interessante, leve e emotivo.
Sei que muitos já devem conhecer a história ou por a teres lido ou por terem visto o filme a que deu origem. Para aqueles que não sabem, é a narrativa da vida de uma recém-licenciada cujo seu primeiro emprego é assistente duma editora-chefe muito exigente, Miranda Priestly - editora-chefe da Runway, considerada a maior revista de moda do mundo. Apesar de Andrea, a protagonista, não estar muito encantada por trabalhar numa revista de moda, aceita o emprego por lhe terem afirmado que bastava apenas um ano a trabalhar como assistente de Miranda para que conseguisse qualquer emprego. O que Andrea não sabia é o quão exigente seria esse ano, não só a nível de trabalho como também psicológico, físico e social.
O livro tem um conjunto de características valoráveis, por exemplo, a forma como a autora conseguiu tornar cada cena tão visual e emotiva. Em cada momento sentimos como se estivéssemos lá.
Outra observação positiva, pelo menos para mim, é que não tem grandes períodos descritivos, a autora consegue descrever o essencial com algumas frases, sendo uma boa parte descrições das roupas maioritariamente de marca que as personagens estão a usar.
Uma das coisas que mais admirei o livro é a comparação que nos permite fazer entre a atualidade e um passado muito recente, pois o livro foi publicado em 2003. Parecem poucos anos mas são mais que suficientes para nos lembrar que as coisas do nosso dia a dia nem sempre estiveram lá, por exemplo os tão amados smartphones nessa altura não existiam. Pergunto a todos aqueles que dizem não conseguir viver sem eles, como viviam à 10 anos atrás?
Questionei-me como é que a autora conseguira relatar tão realisticamente o mundo da moda.
Procurei saber mais sobre a autora, foi assim que descobri que o primeiro emprego dela foi como assistente de Ana Wintour, editora-chefe da Vogue. Sim, a primeira coisa que nos passa pela cabeça é será que Miranda Priestly é a homologa fictícia de Ana Wintour. Creio que não, nos últimos capítulos do livro a Ana Wintour aparece duas vezes e em ambas é apresentada como o oposto de Miranda.
Eu gostei muito do livro e por isso recomendo a todos, especialmente àqueles que gostem de moda, luxo e Nova Iorque.
Já leram o livro? Já viram o filme?
Leram outro livro da mesma autora?
Partilhei nos comentários.
Um abraço,
Cláudia